Não importa se você é empreendedor, professor, artista ou engenheiro. Para qualquer pessoa, ser curioso traz benefícios que podem ser pessoais, profissionais ou mesmo para a sociedade.Conseguir pensar e agir de novas maneiras é algo revolucionário.
De acordo com o livro Innovating Minds: Rethinking Creativity To Inspire Change, que faz um apanhado de pesquisas sobre a mente e comportamento, a criatividade é muito mais do que um processo estatístico, está profundamente ligada a emoções e motivação. “Pensar é algo que emerge de uma interação dinâmica e contínua de cérebro, mente e ambiente. Conhecendo mais o nosso pensamento podemos otimizar nossas mentes inovadoras, mentes que se adaptam criativamente de forma continuada, construindo o que aprendeu com flexibilidade, ajudando os outros a fazê-lo também e formando ambientes que sustentam e semeiam a inovação”, descreve o livro de Wilma Koutstaal e Jonathan Binks.
E se essa característica é tão importante, dentro e fora das empresas, é de grande valia pensar em como estimulá-la. Afinal, o que auxilia as pessoas a serem curiosas? Essa dúvida foi o norte de uma pesquisa desenvolvida pela Merck que mediu os níveis da curiosidade de funcionários e o nível da curiosidade apoiado por suas empresas. Participaram do estudo trabalhadores da Alemanha, da China e dos Estados Unidos.
De acordo com o relatório (clique aqui para ler a íntegra do texto, em inglês), curiosidade envolve o reconhecimento, a busca, e preferência das coisas que são novas, incomuns, e fora de sua experiência normal. Para realizar o estudo, a curiosidade foi dividida em quatro dimensões: inquietude (fazer perguntas e explorar ideias), criatividade (vontade de experimentar novas soluções), abertura (ter preferência por uma variedade de experiências e perspectivas) e tolerância (capacidade de atender o desconhecido com coragem, em vez de ansiedade).
Para fomentar a curiosidade dos funcionários, as empresas precisam criar um ambiente de trabalho feliz. Mais da metade dos funcionários altamente curiosos trabalham para organizações que alimentam ativamente a curiosidade no trabalho e podem ter qualquer idade, embora os mais jovens tendam a expressar a sua curiosidade com mais frequência. Além disso, funcionários curiosos trazem ideias à vida no trabalho. Eles se sentem contagiados e satisfeitos pelo trabalho que fazem e tendem a ter um papel significativo no processo de tomada de decisão.
A pesquisa revelou que existe uma relação entre a curiosidade e a satisfação no trabalho: os trabalhadores que são "extremamente satisfeitos" com os seus empregos são mais suscetíveis de ser altamente curiosos.
Percebeu-se também uma diferença de perfil por país: na China e nos Estados Unidos, os trabalhadores da geração Y tiveram as maiores pontuações no Índice de Curiosidade dos Colaboradores. Já na Alemanha, os baby boomers têm as maiores pontuações. E você, o quão curioso você é? Faça aqui um teste interativo.
Laura Schenkel, jornalista (Temática)
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curiosidade, pesquisa, psicologia, cérebro, criatividade